No fundo, no fundo,
há sempre um rumor que não se cala:
uma parte de cada pessoa
está num outro,
como se a vida,
astuta,
espalhasse pedaços nossos
em destinos que não são só nossos.
E é nesse desvio silencioso,
onde o coração aprende a reconhecer-se fora de si,
que descobrimos que ninguém é inteiro sozinho
somos sempre eco,
reflexo,
travessia
no território de alguém.

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