A minha estrada não é cenário. Pelo contrário, ela é o meu verbo em movimento.
E os meus pés escrevem no chão aquilo que a voz não diz. E sempre escrevem algo que eu não imaginava.
E os meus calos? Cada um é uma memória que insiste em continuar. Deixo-os em paz!
E vou andando, andando... Em paralelo, os carros passam como o tempo, indiferentes ao meu esforço.
A minha jornada não se mede em quilômetros, mas em resistência.
Cansar também é uma forma de aprender o meu limite.
Andar para mim é aceitar que o corpo entre em negociação com o destino.
E na caminhada, repentinamente, surge uma carona como interrupção da solidão.
Salvar, às vezes, não é chegar, mas ser visto.
Assim eu sigo, pois 2026 é logo ali.

que venha 2026, pois. Enfrentaremos. Resistimos, caminhemos.
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