sexta-feira, 8 de março de 2013

Concrecoisa K pro ar



Hoje, termino a trilogia sobre o riso.

Três instantes de muito kkkkk e hehehe.

Ontem, numa explosão de gargalhada, fiquei de papo pro ar vingando-me da dor que altivamente teima em atormentar muita gente.

É incrível! A dor em si tem inveja do riso, pois o riso é o homem em pleno estado de liberdade.

Nesse estágio elevadíssimo d’alma, na fronteira entre a realidade e a loucura, o botão de “foda-se” pede, sempre, para ser acionado, o que é natural.

Já apertei esse botão várias vezes. Quando me lembro desses instantes da vida, o riso vem feito chuva no sertão.

Termino com a letra da canção “De papo pro á”, de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano, inspiração incidental deste riso concrecoisado.

Não quero outra vida
Pescando no rio
De jereré
Tenho peixe bom...
Tem siri-patola
De dá com o pé

Quando no terreiro
Faz noite de luá
E vem a saudade
Me atormentá
Eu me vingo dela
Tocando viola
De papo pro á

Se compro na feira
Feijão rapadura
Pra que trabaiá
Eu gosto do rancho
O home não deve
Se amofiná

Um comentário:

  1. Massa a concrecoisa, Rasec.
    Fiquei ainda mais feliz ao ler, no final, a letra dessa linda canção, que me remeteu, de imediato, às lembranças de infância. Quando meu velho pai colocava o disco pra tocar, a música ficava ainda mais linda na voz de Nelson Gonçalves. Linda lembrança. Obrigada por, sem saber, ter me proporcionado esse sentimento, um misto de saudade, alegria e tristeza. Como gosto do kkk, prefiro me apegar à alegria, sempre, combatendo a tristeza com muito riso.
    Ana Barreto

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