sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Concrecoisa Saudade


Estou lendo um livro de Osvaldo Orico, obra de 1940.

O título me chamou a atenção: “A Saudade Brasileira”.

É uma obra rara e belíssima.

Lá dentro, explicações, biografia da palavra saudade, pesquisas anteriores e poemas sobre esta palavra única, nossa, para nós que falamos português.

Achei esta passagem genial, anônima, logo na página 12:

“Sôdade é uma dô que dá,
Mas não é dô que doê;
É vontade de alembrá,
Com vontade de esquecê.
É dô de dente e machuca,
Mas onde dói ninguém vê.
E a gente pega e cutuca
Pra não deixá de doê.”

Vale ressaltar, ainda conforme Osvaldo Orico, que o trabalho ensaístico “A Saudade Portuguesa”, de dona Carolina Michaëlis, foi o começo de tudo.

O que Orico disse também vale para esta concrecoisa.

Tô indo!

Adeus 2013.

Feliz 2014.

A saudade de um passado de alegria, de coisa boa, de não sei lá o quê?, já começa a se movimentar em mim.

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