Eram quatro paredes unidas, um quarto.
Ele vivia ali, no meio, só.
Dentro dele, um segredo.
Fora dele, as paredes.
Dentro das paredes, ele.
Sozinho, com o seu segredo, as paredes ouviam o barulho da
individualidade.
Fora dali, o outro.
Dentro do outro, outro segredo.
Fora do outro, com o outro dentro, outras paredes unidas, outro quarto.
Dentro, de dentro, por dentro e cada vez mais dentro da parede, a
individualidade teimava em ser única.
Um certo dia, as paredes explodiram.
E o segredo perdeu o seu sentido de ser.
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