sexta-feira, 10 de julho de 2015

Concrecoisa Pele


A pele do escritor é o texto.

A pele da parede é a casca.

A pele do ser é a vida.

A poeira é uma pele da corrosão do tempo.

A página em branco é a pele do silêncio, do vazio.

Tudo é pele, tudo é pele, tudo é pele...

A tinta é pele, quando se fixa.

E todas as peles não passam de aparências.

Pois todas as peles são iguais.

Porque a pele é humana.

(Para Marivaldo Filho, o Maru).

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