A pele do escritor é o texto.
A pele da parede é a casca.
A pele do ser é a vida.
A poeira é uma pele da corrosão do tempo.
A página em branco é a pele do silêncio, do vazio.
Tudo é pele, tudo é pele, tudo é pele...
A tinta é pele, quando se fixa.
E todas as peles não passam de aparências.
Pois todas as peles são iguais.
Porque a pele é humana.
(Para Marivaldo Filho, o Maru).
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