sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Concrecoisa Fragtempo


A jornada de cada um no fluxo do tempo é um fragmento.

E os pedacinhos vão formando o todo incompleto: há o porvir.

Desde o nascimento até o instante atual, a cola que cola os pedacinhos é o verbo.

E não adianta lutar contra a realidade do verbo no tempo e do tempo no verbo.

Num dia qualquer, o tempo de cada um se resumirá em memória.

Uns com muitas vivências para contar.

Outros com poucas, quase nada.

Alguns serão lembrados, até em excesso.

Outros esquecidos, inclusive pelos próximos.

Estes últimos, possivelmente, não sabem o motivo da própria existência.

São filhos do acaso, do descaso, do que der e vier.

Assim é a jornada do gozo...

Vivemos no
Fragmento
Do tempo
E o rastro
É o que é
Cada um

Assim é a lembrança.

Assim é, também, o esquecimento.

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