sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Chão de Portugal VII

Ele sofreu com a maldade do outro.
O seu coração ficou partido.
Porque ele jamais iria imaginar que o outro, alguém querido, fizesse tamanha maldade.
O tempo passou.
E aquele ferimento continuou sem cicatrizar no seu coração.
Um dia, ele perdoou o outro, aquele que lhe magoou.
E esse perdão aconteceu numa caminhada com os pés descalços por uma estrada espinhosa.
Foi ali, ao sentir o espinho sangrar a carne, que veio a cura da ferida do coração.
E uma voz vinda do chão lhe disse que “perdoar é sentir o beijo da sola do pé no caminho semeado de mágoa”.
Já velhinho, ele entendeu que "mesmo havendo obstáculo no caminho, a cura e o perdão estão no caminhar pela estrada que foi escolhida para sentir a vida".

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