sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Concrecoisa Chão de Portugal VI

O círculo nasceu na hora da formação do universo.
Com a pedra também foi assim.
Tudo como um estalo, um boooom.
Com o aparecimento do homem, milhares de anos depois, o círculo e a pedra viraram construções e passeios, embalando o fervilhar da civilização.
As outras formas geométricas não precisaram ficar com ciúme. Elas também viraram construções, viraram passeios.
Num outro prisma, numa outra perspectiva, viraram um eco de esperança.
Aqui na concrecoisa, neste passeio com círculos, os passos circulam por entre as rotas de esperança.
Em tempos remotos, essa trilha era de barro.
Mas foi de passeio em passeio que o transitar do desejo fincou as suas raízes.
Com o transitar, as dores do mundo ficaram incrustadas nas pessoas.
Algumas pessoas conseguiram se afastar dessas dores. Outras não.
Aqui, como as pessoas são personificadas em círculos, o passeio então pôde dizer:
“Poucos são círculos para suportar as dores do mundo”.

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