Beguinho de Zezinho era um
atacante esperto, raridade no futebol mundial.
Ele conhecia como poucos os
atalhos da grande área e a bola, sua amada amante, caia em gozo aos seus pés
nos momentos mais difíceis de uma partida.
Ela, a redondinha, estava
sempre pedindo para ele chutá-la na rota das redes.
Os goleiros sofriam com
Beguinho, pois seus chutes eram precisos e fortes.
De gol em gol, ele foi
artilheiro do campeonato de seu estado, nas terras de “Lá não sei aonde”.
Porém, quando ele “comia
água,” o dia seguinte era em um terror.
A bola fugia dos seus pés.
Influenciada pelas emissoras
de rádio, a torcida sempre pedia a sua cabeça.
Mas Beguinho era matador.
Numa das muitas decisões
vitoriosas, ele fez um gol de bicicleta que garantiu o campeonato nacional.
A cidade foi à loucura.
Os radialistas do contra
calaram a boca.
Beguinho se vingou com a arte
de fazer gol!
E qual o segredo do sucesso
de Beguinho?
Ele é um preguiçoso consciente.
E até hoje, bebendo ou não,
ele tira uma soneca antes das partidas.
Aquela preguiça domada, pacto com ..., era a fórmula
do sucesso.
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