As
lágrimas escorreram pela face enrugada daquela velha senhora.
Lágrimas
do tempo...
Na
ponta do queixo, as gotas abraçadas umas às outras brincavam de cachoeirinha.
O
chão empoeirado entrou na brincadeira e engolia cada gotinha como se fosse abafabanca
derretida no inverno.
Mas
o inverno já tinha passado, como tudo passa.
A
seca tinha comido tudo.
Não
sobrou verde, só verdade.
Só
lágrimas salgadas para contar a história.
Aonde
elas foram parar?
Fiquei
sem saber.
Perguntei
para Machado de Assis. Ele disse que “lágrimas não são argumentos”.
Depois
fez silêncio para deixar ouvir o pingar da dor no sertão.
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